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A General Motors estuda voltar a produzir caminhões no Brasil. De acordo com o presidente da montadora na América do Sul, Jaime Ardila, a decisão só poderá ser tomada depois de 2012. Até lá, a empresa estará focada nos lançamentos de produtos que podem ampliar sua participação no mercado de automóveis e comerciais leves no país, no qual ocupa a terceira colocação em participação de mercado. Serão seis lançamentos em 2011 e 2012 e outros três já programados para 2013. Até lá, a empresa estará focada nos lançamentos de produtos que podem ampliar sua participação no mercado de automóveis e comerciais leves no país, no qual ocupa a terceira colocação em participação de mercado. Serão seis lançamentos em 2011 e 2012 e outros três já programados para 2013. Naquele ano, o Imposto de Importação, devido a um acordo comercial com os países andinos, terá chegado a 15%, ante 25% atualmente, tornando a operação “competitiva” na visão de Ardila. Em 2020, a alíquota do tributo terá sido reduzida a zero. A GM fabricou caminhões no Brasil até o final de 2000 na fábrica de São José dos Campos (SP). Segundo Ardila, são necessários pelo menos dois anos entre a concepção do projeto e a execução. Mesmo para a importação, esse período poderá ser necessário para o planejamento da operação, o que inclui a escolha da rede de concessionárias, o treinamento da equipe e a logística. As declarações foram dadas em coletiva de imprensa para apresentação de Denise Johnson, norte-americana que assumiu a presidência da montadora no mês passado, quando Ardila passou a comandar as operações da empresa na América do Sul. Com um discurso focado na inovação tecnológica e na renovação do portfólio, a executiva destacou a preocupação em “entender as necessidades dos clientes”, o que inclui criar produtos especialmente para o mercado brasileiro. Essa seria uma boa estratégia também para competir com a entrada de carros asiáticos no mercado nacional. Antes de vir para o Brasil, ela ocupou a vice-presidência para Relações Trabalhistas da GM América do Norte, tendo iniciado a carreira na GM em 1989 como engenheira de produto. MERCADO No acumulado de janeiro a julho, a GM respondeu por 20,0% dos 1,78 milhão de automóveis e comerciais leves vendidos no país, participação bem próxima da fatia da Fiat (23,1%) e da Volkswagen (21,0%), de acordo com os últimos dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Dois automóveis da montadora, o Celta e o Corsa Sedan, estão entre os mais vendidos no Brasil, tendo ocupado a terceira e a sexta posição nos emplacamentos no mês passado, respectivamente. No cenário mundial, a expectativa é pelo pedido de oferta pública inicial da matriz junto à SEC (Securities and Exchange Comission, a CVM norte-americana), que pode acontecer ainda neste mês. Com sede em Detroit, nos Estados Unidos, a GM tem operações em 140 países. O Brasil é o terceiro principal mercado, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. No país, a montadora está há 85 anos e produz veículos em São Caetano do Sul (SP), São José dos Campos (SP) e Gravataí (RS). Fonte: Folha de S. Paulo